sexta-feira, 28 de maio de 2010

Depois de ter você

pra quê saber que horas são?
Se é noite ou faz calor, se estamos no verão,
se o sol virá ou não, ou pra quê serve uma
canção como essa?

Depois de ter você, poetas pra quê?
Os deuses, as dúvidas, pra quê amendoeiras pelas ruas?
Pra quê servem as ruas?
Depois de ter você...

Marisa Monte

quinta-feira, 20 de maio de 2010

entre cigarros e o desespero

Talvez não há nada que possa ser feito;
esse destino,
o nosso conto de fadas,
a nossa separação
ou a visão de família que a gente tentou construir não sirva mais de nada.

Cansei da sua estupidez
das palavras mal ditas e dos corações partidos.
Infelizmente eu não acredito mais em você
Estou me preparando para nossa última dança, a nossa despedida...
e é claro que isso vai doer mais em você do que em mim.

Eu me reciclo!
estou excluindo tudo o que pode me fazer mal.
Só tenho medo de não ter mais o seu colo,
a sua falta de compreensão vai me fazer falta, eu tenho certeza disso.

Não se resume apenas aos meus problemas
mas sim aos seus também.
O seu senso de superioridade
e o seu vitimismo barato não me comovem mais.

Chega uma hora que você cansa de ser o palhaço da história.
É engraçado.
Dessa vez eu pensei que a gente pudesse ser feliz de verdade
igual naquelas histórias que você lia pra eu dormir.
eu me enganei

Você se ocupou tempo demais com o seu trabalho
e não me viu crescer.
Perdeu os meus sorrisos,
não estava por perto para amparar as minhas lágrimas.
você sempre soube que eu não estava bem
você já me confessou isso.

Nem raiva,
nem rancor,
nem pena,
eu só não aposto mais nenhuma ficha em você.
Não gosto de pessoas fracas;
de fraco aqui já basta EU!
acho que isso é uma forma de me privar da dor.

Nem grito!
nem Indiferença!
nem uma palavra amiga.

Hoje eu queimo cigarros para passar o tempo
o meu cinzeiro lotado é resultado do meu despero
e mais uma vez tudo parece mais pesado e nenhuma palavra faz mais sentido.